Entrevista de Clarice Lispector
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...iam e vinham eram incessantes movimento eterno ao abrir dos dias iam numa nave toda circular sempre circulantes os seus movimentos tomavam à tarde chá de hipocrisia no espaço vazio liam os sinais eram bons leitores liam os jornais por vezes à noite ia uma pastilha movimentos lassos que as sombras pediam nada mais havia tinham os botões de uma fantasia e por trás da máscara em leve agonia inventar o amor era respirar sempre até ser dia noite na parede tarde nos jornais chá de hipocrisia inventa-se a história ao correr da imagem luzes de magia pós de fantasia no cruzar dos tempos então se criavam nave circular com dois comandantes que eram subalternos no espaço piratas da felicidade numa fantasia toda circular...
4 comentários:
Acho que é um excelente comentário, Fátima :)
É tudo isso, sim, que ela diz...
Ouvi-la provoca-me uma densidade emocional inexplicável...
Um bj
...vou ter de subdividir o teu texto e então depois vou juntar a esta Diva livre...livre...
para te interpretar :)
(...espaço tão bom este)
Um beijo terno.
muito.
delícia de palavras, as dela
...dois tempos do mesmo Tempo.
comungando o "chá da hipocrisia".
...em azul, esperançoso o tempo de inventar o amor, mas, subalternos numa fantasia circular.
Gostei do exercício do teu e do meu :)
Esta entrevista mostra bem a grande honestidade e humildade da Clarice Lispector e a sua pulsão para a escrita. Tão raro!!
"chás de hipocrisia" dizes...eu concordo... . Toda a gente fala sobre tudo e sobre todos, divagam por campos que desconhecem e normalmente toda a gente tem opinião de tudo.
O teu texto fala bem disso...chás de hipocrisia.
Um beijo enorme
e terno
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