terça-feira, 22 de junho de 2010

Sentenças



O juízo estende-se ao longo da parede
à espera de ser devorado...
oscila entre o não e o sim
Na sua desconstrução há
lugar para um sim-não
e para um não-sim
mas na sua conclusão - não

Devo pronunciar-me
e o meu juízo é que
me pronuncia

Ao longo da parede estendem-se
negativas e afirmativas
na sedução de um sim/não
rompem possibilidades
e aqui mesmo a certeza
de um só possível - eu

Devo sentenciar-Te
e a minha sentença de ti
condena-Me a mim



Imagem: Robert Longo, Corporate Wars: Walls of Influence (1982)

4 comentários:

Mar Arável disse...

Por vezes somos impossíveis

Ana Paula Sena disse...

Somos :)

tiaselma.com disse...

Difícil julgar o que não tem juízo nem nunca terá...

Beijocas.

Manuela Freitas disse...

Sentenças!?...
As que doiem mais são as nossas!?...
Bj,
Manuela

The Beggar Maid
Sir Edward Burne-Jones
Theseus in the Labyrinth
Sir Edward Burne-Jones

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