acho que foi tudo isso
sim o que estás a pensar
o guarda-chuva
sem chuva
e o calor
que não brotava de ti
depois...
que há para dizer depois?
uma porta para sair
e outra para entrar
palavras e etiquetas
folhas e marcadores
e a vida
sem flores
fomos indo... lembras-te? p'la estrada fora como o Kerouac
havia uma paragem inventada
e uma hora ou duas
para beijar o tempo
mastigar segundos
antes de partir
e o carro sem gasolina
a alma sem combustível
um pneu furado
e a roupa voando
nas mãos
tonta pedi-te o mar ah mar prata com rosas no fundo
tu disseste não
dou-te antes um rio
com pedra filosofal
eu nadei p'ra ti
escrevi-te com o corpo
molhado
e era hora de partir
usei as pernas
fui
me
deixei um beijo no motor do sonho
afinei travões
e foi isso
o que não estás a pensar
que nome lhe dar?
3 comentários:
Que bom!....
LINDOOOOOOOOOOOOO
Um dia talvez
seremos de novo crianças
Gosto muito destes teus poemas que senti neste blog
Bjos :-)
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