quero dias transparentes como uma palavra tua
noites de brilho e sopro como um só gesto teu
mas
falta dizer que é vidro o que contigo é
falta dizer que é folha onde se inscreve o traço
que marca a hora do dia
em fuga pela manhã
sento-me então à tardinha
no grande banco de pedra
uma palavrinha tua
inda está à minha espera
à volta do fogo-pele
e conto animais ferozes
à solta pelos milhares
mil e três ou mil e quatro
qu'isso soma qu'isso aumenta
conto a conta que tu contas
e que eu conto nestas contas
à vida
digo-te agora o total
há senhorinhas à espera
do teu conto tão fatal
3 comentários:
Interessantíssimo, Aninha. Sobretudo os últimos versos...
Beijocas.
:)) beijinhos voando, para si, Selma!
tenho que vir mais vezes a este teu cantinho.
é delicioso. enche-me a alma ressequida.
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